Pesquisas públicas e privadas da AtlasIntel capturaram precisamente as dinâmicas de mobilização de votos e chegaram mais próximas do resultado final do que qualquer outro competidor.

• As pesquisas públicas lançadas tanto antes quanto após o início do período de veto indicaram que pouco mais de 58% de eleitores chilenos votariam para rejeitar a nova Constituição; com 61,86% dos votos apurados contra o novo texto constitucional, AtlasIntel foi a que mais se aproximou do resultado final, independentemente de se considerarem pesquisas divulgadas antes ou após o período de veto.
• Ao contrário da Cadem e outros dos principais institutos de pesquisa chilenos, AtlasIntel não indicou uma tendência de reversão nos dias finais da campanha para a aprovação do texto constitucional, muito menos qualquer chance de que a opção “aprovo” prevaleceria; embora Atlas Tracking PRO tenha indicado um crescimento constante na parcela de chilenos que pretendiam votar “aprovo” durante as seis semanas anteriores ao dia da votação, este crescimento foi insuficiente para afetar significativamente a imensa vantagem da opção “rejeito” (série temporal do Atlas Tracking PRO apresentada abaixo).

A nova Constituição sucumbiu e foi rejeitada por ter perdido apoiadores mesmo entre aqueles segmentos mais prováveis de apoiá-la. Adicionalmente, o resultado de uma mobilização de comparecimento com padrão muito mais uniforme, em comparação com a última eleição presidencial, alavancou a margem de vitória do campo “rejeito”.

• Os cruzamentos demográficos da AtlasIntel indicaram que parcela considerável de eleitores de Boric, Provoste e Ominami rejeitavam o texto constitucional; dessa forma, o novo texto não alcançou um consenso mesmo entre os eleitores progressistas que estariam mais inclinados a apoiá-lo, dado que votaram maciçamente a favor da Assembleia Constituinte em 2020.
• Grandes manifestações a favor da nova Constituição na etapa final da campanha podem ter estimulado uma onda contrária: com eleitores temerosos que o novo texto constitucional tivesse chances de ser aprovado, o comparecimento nas urnas alcançou níveis recordes.
• Diferentemente do segundo turno das eleições presidenciais de 2021, a mobilização de eleitores foi mais equilibrada entre as demografias, com eleitores homens e mais velhos comparecendo em números bem maiores e, assim, contribuindo para um resultado levemente melhor para o voto “rejeito” do que o que havia sido antecipado pelas estimativas finais da AtlasIntel.